Conrado
aproveitou a tarde para ir comprar um relógio com a namorada, Taís, e com a sua
irmã.
As duas
resolveram ir para uma loja de sapatos e eles combinaram de se encontrar na
loja de CDs que estava com promoção de vale-presentes.
Mal se distanciou
das garotas e Conrado sentiu duas mãos tapando os seus olhos.
- Adivinha quem
é! – pedia a voz suave no pé do seu ouvido.
- Eu nunca
esqueceria a tua voz. Tampouco esse seu perfume, Ex.
Embora eles se
chamassem de “ex”, Conrado e Luara nunca foram namorados. Nem mesmo já haviam
se beijado. Há muito tempo eles brincavam que eram namorados e quando eles encontraram
namorados de verdade terminaram o relacionamento fictício e passaram a se
tratar assim.
Fazia uns nove
meses que eles não se viam, então resolveram sentar para conversar em um dos bancos
ao lado da igreja matriz.
Após uns vinte
minutos entre assuntos sérios e outros nem tanto, Luara fez uma pergunta um
tanto quanto suspeita:
- Ex, que gosto
tem o seu beijo?
Ele estranhou a
pergunta, por mais que desejasse tê-la ouvido em épocas remotas. Então encarou
como brincadeira.
- Eu não sei, eu
nunca me beijei! – respondeu, dando de ombros.
A vontade dele
era de responder que ela não sabia porque quando ele quis beijá-la ela o
rejeitou, mas preferiu calar-se.
Ele se levantou
preparando-se para ir embora. Ela fez o mesmo e segurou o punho direito dele. O
rapaz fitou-a lentamente dos pés à cabeça, enquanto lubrificava os lábios
passando saliva ao mordiscá-los.
- Se você quiser
eu posso provar e te conto como é. – propôs a garota ao amigo, sem nenhum
pudor.
Antes que pudesse
pensar em qualquer outra coisa além da morena de cabelos cacheados, olhos
puxados e o forte par de mamas encarando-o, os lábios do rapaz já estavam
colados no dela. Suas línguas se tocaram e rapidamente dançavam no mesmo ritmo.
Eles se abraçaram, ignorando as pessoas que passavam por eles.
Um único beijo
foi o suficiente para a culpa começar a martelar na cabeça de Conrado.
- Eu preciso ir,
EX. – disse ele, enquanto sutilmente secava o lábio com a ponta dos dedos.
Ao se virar,
Conrado trombou com um hippie que carregava uma placa de madeira com brincos,
pulseiras e colares artesanais. Ele não conseguiu se desculpar. Apenas lhe
mostrou as mãos e saiu andando, atordoado.
Ele estava
adiantado para encontrar as garotas, porem ainda não havia comprado o relógio.
Então resolveu tentar acha-las para irem juntos escolher.
- Pensou que ia
se safar? – perguntou a voz feminina que ele tanto conhecia, assim que ele
dobrou a esquina – A loja de CDs é do outro lado. Estava pensando em escapar.
Eu te conheço bem, Conrado.
- Eu nunca vou
precisar escapar de você, meu amor! – respondeu ele, antes de dar na namorada um
selinho cheio de culpa.
Voltei pra blogosfera e quero ler as pessoas! Poste mais, mais! Hahahaha;
ResponderExcluir