Coloquei a mochila nas costas e parti rumo ao desconhecido. Atravessei fronteiras da vida, caminhei mais do que as minhas próprias pernas e avancei mesmo quando estava parado.
Ampliei o meu leque de conhecimento mais do que assistindo anos de aulas de história e geografia. Não precisei de livros, a aula era prática e os professores era a vida que me apresentava.
Descobri que não é preciso falar vários idiomas, quando se fala a língua universal. A linguagem da alma, dos Abraços e sorrisos sinceros.
Fiz famílias, amigos, conheci pessoas hostis e muitas vezes dormi em bancos, estações, aeroportos e rodoviárias. Se me recordo de todos eles? Em algum lugar na minha memória.
O que não posso deixar esquecer são os amigos de estrada, que talvez nunca mais voltaremos a ver, mas que a ânsia pelo reencontro transpassa os anos. Amigos que me ensinaram outros significados para companheirismo, doação, fraternidade e respeito.
Ousei me desafiar e fazer coisas que jamais faria. Nadei pelado, comi frutos no pé, mergulhei em águas límpidas, renovei minhas energias em diferentes crenças. Mudei minha maneira de pensar diversas vezes. E isso me enriqueceu muito.
Descobri que saudade apesar de ser mutiladora, as vezes nos motiva a continuar e faz com que nossos momentos sejam ainda mais compensadores. Ela nos leva a valorizar cada Abraço, cada conversa, cada palavra. E é claro, faz com que amemos e respeitemos cada vez mais os nossos amigos e familiares.
Em pensar que tudo começou no dia em que resolvi colocar uma mochila nas costas, sem imaginar que era apenas o começo. Afinal, ainda tenho um mundo inteiro a desbravar.
Sim, certa vez fui viajar e não voltei, pois uma vez que você vai, você nunca voltará o mesmo.
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