sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"E agora?"

Já estava tudo traçado.

Logo após o nosso primeiro encontro surgiu a dúvida sobre o que seria de nós desde então. A única certeza que eu tinha era que um dia seríamos apenas uma lembrança de um momento bom.

Você jurava que tudo poderia dar certo, mas no fundo eu já sabia que a intensidade iria diminuir com o tempo. Os pensamentos e suspiros se tornariam mensagens semanais e com o tempo apenas um "alô" no msn.

Eu sabia que seria assim, sabia que não devia me empolgar, sabia que não era pra me animar. Mas não consegui resistir. Quanto mais ouvia que não era para me iludir, mais eu percebia que  já estava envolvido nessa fantasia de um romance impossível.

E o problema já não é mais teu. Agora sou eu quem deve lidar com isso. Apenas eu.

Se me importo? Claro que não. Se não tivesse sido tão importante, hoje eu não estaria assim.

A única coisa que posso fazer é agradecer. Afinal, já não mais acreditava nisso que sinto agora.

"Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade e você com outro alguém"

[Os barcos - Legião Urbana]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Andei admitindo...

Sabia que havia sido rude, hostil, mas não havia como voltar atrás. Tudo o que podia fazer era me desculpar. Porém as palavras não colaboravam, não saiam como deviam e a minha voz agora trêmula me entregava. Sim, eu estava me condenando.
Fui sincero o tempo todo, as vezes camuflava a verdade, mas desta vez parecia impossível não totalmente honesto.
"Eu me importo!", e depois de dizer apenas três palavras, me vi traído e senti muita raiva por tamanha traição. Raiva por não conseguir mentir e raiva por chorar diante de ti. Eu tinha que ter esperado, era pras lágrimas começarem a rolar apenas depois de eu te dar as costas. Mas eu fui fraco e agora você sabe o quanto me tem nas mãos.
Quanto mais eu insistia, mas as lágrimas teimavam em cair. Minha vista já estava turva quando você se desculpou com palavras que definitivamente já esperava ouvir, pois foi tudo o que sempre ouvi e sabia que não seria diferente.
O que você não sabe é que a única coisa que eu gostaria era ter por quem esperar. E isso eu tenho. E espero, e esperarei...

domingo, 8 de novembro de 2009

Percorrendo você



- Eu acho que você perdeu dinheiro.
- E você só me diz agora.
- Desculpe! - com a timidez explícita, num envergonhado sorriso angelical.

Este foi o diálogo que iniciou um fim-de-semana perfeito.
Poderia detalhá-lo, mas prefiro eternizá-lo apenas em minha lembrança. Sim, essas memórias guardarei apenas pra mim.
O que era pra ser uma aventura, se tornou muito mais do que eu poderia imaginar.
De volta ao doce lar, trago na minha mochila um pouco do teu cheiro, do teu gosto, da testura da tua pele, o teu olhar, o teu sorriso e toda a vontade de você.
Aliás, por onde anda você que não está ao meu lado agora? O pior é que eu sei.
Vou carregar as poucas horas que passamos juntos por toda a minha vida e as prolongarei por quanto puder, se preciso for.
O meu único lamento é saber que o que mais queria trazer em minha bagagem tive que abandonar durante o percurso. E foi uma das mais difíceis despedidas.
Talvez a certeza de que seria apenas um momento fez com que aproveitássemos com tamanha intensidade que a nossa conexão agora impede que a distância tão certa agora não seja tão grande.
O que há agora? Prefiro não pensar...

domingo, 25 de outubro de 2009

Buscando o pote de ouro



"Sem pedir licença mudaa nossa vida e depois convida a rir ou chorar"
(Toquinho)


É engraçado a influência que tudo e ada causam em nossas vidas. Alguns fatos deixam bem claros o famoso Efeito Borboleta.
Eu não havia dormido direito, acordei com o pé esquerdo. Sai atrasado e mal deu tempo de tomar água no café-da-manhã. Poderia comer algo no intervalo, mesmo este intervalo tendo ocorrido por volta do meio dia.
Assim como a maioria dos mortais, esta hora eu já estava mais irritado que muhler de tpm. Nada me deixa mais vulnerável a irritabilidade que estar com fome. Principalmente quando vejo outras pessoas comendo e sei que vou demorar horas para fazer o mesmo.
A tarde tudo parecia piorar em progressão geométrica. Discussão no trabalho, o ônibus saindo a hora que estou chegando no ponto e, para ajudar São Pedro resolve limpar o céu justamente no dia em que meu guarda-chuva quebra.
"Céus, alguém lá em cima ficou de mal comigo e eu não sei por quê!"
E antes que eu pudesse xingar Deus ou encontrasse outro culpado, lá estava ele, Há tanto tempo não o via.
De repente eu já não me lembrava mais por que estava zangado e a minha única preocupação era se ainda mel embrava das sete oores do arco-íris. Parei no tempo e não me importei com o próximo ônibus, com a chuva que me molhava e enxarcava os meus pés dentro do tênis. Meu único questionamento era: há quanto tempo eu não o via?
Sim, fazia mais de um ano que não via um arco-íris. E foi ele que mudou meu dia e me fez escolher o caminho da felicidade momentânea. Como no conto em que você precisa escolher se toma o caminho da raiva e leva isso pra o teu dia todo ou se releva e aproveita os momentos felizes.
E então eu me dei conta do quanto eu havia perdido do meu dia enquanto eu podia ter aproveitado rindo disso tudo. Afinal, foi o que eu fiz, enquanto tomava chuva observando o meu presente do dia das crianças.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Doze

E agora tenho tatuado o número doze em meu corpo.
Torna-se impossível olhar no espelho e não recordar que há doze meses você me disse adeus.
Passei doze noites acordado pensando em como seria se você ainda estivesse aqui. Também foram doze os minutos que levamos para nos despedirmos.
E doze foram as mulheres que ocuparam a minha cama durante este período. Mas não me lembro de seus rostos, tampouco de seus nomes, já que quando elas desfrutavam de meu leito, quem gozava da noite comigo era você. Era o teu perfume que eu sentia, eram os teus olhos que eu fitava, o teu pescoço que eu mordiscava e era a tua respiração ofegante vervilhando em minha nuca. E como esquecer do teu beijo dominador que tantans vezes me deixou sem ar.
E doze segundos depois que a última dela partiu, me dei conta que pela décima segunda vez acabava a noite escrevendo para você, mesmo sabendo que você nunca leria.
Embora eu finja que não tem importância, você sabe que hoje tem uma parte tua tatuada em mim.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Andei perdendo o sono

Com esta são 7 noites. Agora completa uma semana que não consigo dormir. E sei que não sou o único. Sei que enquanto rolo na cama e me perco em meus pensamentos, você também não consegue dormir. Fica entre seus livros, vez ou outra caminha até o celular e se pergunta se deve ou não me enviar mais uma mensagem.
Fico com riava, queria fechar os olhos e deixar de ouvir os milhões de pensamentos que parecem que posso sentir passo entre um neurônio e outro. E sinto inveja daqueles que vão acordar renovados, após uma ótima noite de sono.
Um turbilhão de sentimentos inflam meu peito e comprimem meu coração. O apertam tanto que sinto o líquido que dele é exprimido escorrer pelos meus olhos. É salgado, como o gosto da saudade. Mas também é doce, como o gosto da lembrança de quando você estava aqui comigo. Uma época em que o mundo não era preto e branco e as pessoas andavam em camera lenta.
"Bom dia", diz a âncora do jornal. Aceito o cumprimento com ansia de que esta noite seja diferente e esperançoso que amanhã eu posso perder a saudação empolgante da mulher atrás da bancada com as letras da sigla do jornal.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Andei esperando...

... o teu beijo de boa noite.

De certo o meu menor post até hoje, mas reflete com todas as letras o que sinto.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

No país das maravilhas

""Mas então", pensou Alice," eu não vou nunca ficar mais velha do que sou agora? Isso é um conforto, de qualquer maneira...nunca ficar velha...e então...ter sempre que estudar. Oh! eu não gostaria disso!"

[Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll]



Mais uma vez na cidade das fantasias, mais uma vez me espantando com a vida fora da toca.

Demorei tanto para voltar ao blog, que hoje tenho tanta coisa pra dizer que não faço idéia de por onde começar.

Enfim, estou mais uma vez em São Paulo e cada vez que venho pra cá me dou conta de que deixo mais um pedaço de mim quando volto para Limeira. Parte de mim já pertence à esse mundo.

Preciso resolver muita coisa. Preciso terminar a faculdade, tirar meu DRT, acertas as minhas contas, recomeçar o meu curso...

Tive tantas notícias boas hoje que senti tanta vontade de atravessar a Paulista gritanto o quão feliz eu estava, mesmo tendo muitas hipóteses e nenhuma certeza.

Assim como Alice - não a do conto, mas sim aquela do seriado - estou tomado pelo encanto deste lugar. Mas não vou plantar meus pés aqui. E isso não é um decreto, nem tampouco uma promessa. Apenas não pretendo me mudar agora.

Tenho desejo de mudança, mas a revolução ainda precisa esperar. Como dizem os Titãs: "O futuro é hoje e cabe na mão".

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Com saudade

Muita saudade da internet.
Saudade de postar e de comentar.
Saudade de entrar no msn e ficar matando o tempo conversando nada com nada com quem adora perguntar por que estou estranho.
Saudade de entrar no orkut pra pesquisar castings e comentar caixas da verdade alheias.
Saudade do bome velho fotolog.
Enfim... Agora que tenho tempo livre, não tenho internet.
Mas logo estou de volta.
Yeah!!! I'll be back!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Diário de bordo

Virando a virada - Parte Final

21:30 - Saímos em busca de um banco aberto. No percurso, o Marcus criou diversas teorias para o alto índice de meninas de mãos dadas a outras meninas. A principal era que elas davam as mãos para não se perderem - mesmo asque estavam paradas.
Uns quatro idiotas brincavam de pega-pega gripe suína. Talvez essa moda pegue um dia.

21:55 - Tentamos a nossa última opção para um caixa eletrônico: Shopping Light. O segurança disse que o caixa funcionava até as 22:00. Quando chegamos no caixa havia uma filha imensa e faltavam dois minutos para o caixa parar de funcionar. Mas ela conseguiu.
Jantamos na Subway e quando descíamos a escada rolante o Wagner simulou se jogar e criamos diversas maneiras de nos portar diante os policiais e legistas diante do corpo dele.
Antes de sairmos do shopping simulei um tombo em frente a Thais e todos ao nosso redor pararam para assistir a cena. Ela quase infartou.

22:40 - A Juliene mandou mensagem dizendo que iria assistir Reginaldo Rossi, então combinamos de nos encontrar no Tributo a Tim Maia. Fomos pro putz, putz, mas tinha até nego vendendo lança-perfume lá. Compramos um vinho, que mais parecia suco de uva e conheemos o verdadeiro clone da Amy Winehouse (com direito a grito e quebra-pau).
O Wagner saiu em busca de wisk com energético e eu fui apresentado - de longe - ao churrasquinho grego.

23:00 - Resolvemos ir pro reggae na ladeira da memória e depois de tomarmos algumas doses de bombeirinho conhecemos um baiano que conhecia menos de Bahia que eu e que se chamava Joselito Filho. Antes de partimos, mais bombeirinho e rabo-de-galo.

00:40 - Partimos rumo ao tributo e mais uma vez nos direcionamos à 24. Enquanto subíamos a ladeira um rapaz parou pra conversar com o Wagner e depois comigo e foi embora. Minutos depois descobrimos que ele tentara assaltar o Wagner e ele não os assaltos porque ele disse que estavam comigo. Foi então que me tornei o "camarada".

01:30 - Conhecemos as amigas da Thais - que fugiram de nós depois de meia hora de Wagner chapado falando de Rotaract e noite do queijo e vinho - e cruzamos com o Zé e o Glauber de São José do Rio Pardo. Mas nada de encontrar a Juliene.

02:20 - Mesmo com as mensagens não conseguíamos encontrar a Juliene.

Por volta das 03:00 e depois de muitos goles encontramos a Juliene e o Fabrício. O Wagner já não sabia nem mesmo seu nome.
Resolvemos ir embora umas quatro e pouco. Deixamos o casal no hotel, o Marcus na rodoviária e fomos dormir quase as cinco, para dali poucas horas estarmos em pé, rumo ao ensaio da Carla.
O domingo poderia ser relatado também, mas novas histórias já estão por vir.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Só pode ser arapuca



Se eu conto ninguém acredita, mas na maioria das vezes há testemunhas e desta vez não fataram expectadores.
Sheila e eu estávamos voltando da academia em Iracemápolis, era por volta das 22 horas.
Estava comentando como o carro havia ficado bom após ter saído do mecânico. Menos de cinco minutos depois o carro parou. Tentei dar partida duas vezes, mas o carro não deu sinal de vida.
A Sheila resolveu empurrar. Eu disse que empurraria, mas ela insistiu porque não sabe dirigir. Liguei o pisca-alerta (ainda não sei o que a nova regra ortográfica diria sobre isso) e ela começou a empurrar. Muita fumaça começou a sair pelo capu e a Sheila perguntou se era normal.
Desci para abrir o capu e um carro parou na nossa frente. Os caras do carro desceram pedindo para não abrir porque o carro estava pegando fogo.
Não acreditei muito, mas por garantia resolvi checar. Quando abaixei, o chão sob o carro estava em chamas e o fogo logo começou aparecer por dentro do capu.
Eu me afastei um pouco e o cara perguntou se eu tinha extintor. Claro que tinha, dentro do carro em chamas. Pedi o dele emprestado, mas depois de duas borrifadas ele não deu mais sinal também. E eu e o cara do outro carro em frente o carro que já imaginávamos explodindo e nos levando pros ares.
A primeira coisa que fiz foi ligar para os bombeiros. Em cinco minutos já havia uma multidão assistindo.
A guarda rodoviária chegou poucos minutos antes dos bombeiros.
Resumidamente, os bombeiros conseguiram evitar que o fogo se alastrasse, mas toda a parte da frente, o painel, os pedais, o volante e os tapa-sol (regra ortográfica, help me) já não existiam mais.
Pra ajudar, minha carteira foi aprendida, pois ainda não havia renovado. Tirei a sexta-feira para renova-la, mas dois dos meus documentos não podem ser autenticados. O que significa que até daqui muito tempo sou um cara desabilitado e desmotorizado. Porém vivo, graças a Deus.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Diário de Bordo

Virando a Virada - Parte III

17:00 Passado o transtorno do metrô, passamos no banco para a Carla tirar dinheiro, mas foi em vão. O banco estava com as portas fechadas. Paramos para tomar um "Bombeirinho" e fomos calibrados nos preparar para a noitada.
Neste meio tempo, a Carla tomou banho, o Wagner dormiu e eu entrei na net pra tentar localizar o Marcus e o Alexandre. Consegui falar com o Marcus, mas o Alexandre teve que ir pro Guarujá a trabalho e só voltaria no domingo.
Liguei pra Juliene pra saber que horas acabaria a apresentação dela e ela enfim disse que iria assistir a peça e não apresentar. Combinamos então de nos encontrarmos na saída do teatro.

18:50 Estavamos indo para o hotel do Wagner, quando resolvi perguntar em qual hotel ele havia feito a reserva. Adivinhem: ele não havia feito reserva.
Começamos uma maratona pelos hotéis do centro de São Paulo. A resposta era sempre a mesma. "Está tudo lotado por causa da Virada Cultural". Certamente todos os recepcionistas deviam se perguntar "Que tipo de idiota deixa isso pra última hora?".

19:30 Conseguimos enfim fazer reserva em um hotel. Passamos para encontrar a Thaís e rumamos ao hotel. Pode-se dizer que a Thaís estava um tanto quanto alterada, mas também pudera.

20:07 Combinamos com o Marcus de encontrá-lo na saída do metrô da São Bento.

21:13 Demoramos pra descer e mais ainda pra sair. O Wagner voltou pra pegar blusa. Eu e a Carla nos separamos do Wagner e da Thaís. Nós fomos buscar o Marcus e eles procurar um banco. Pegamos carona com uma rapaz que estava indo embora e não sabia onde era o metrô. Espantei-me ao dar informação a um paulistano.
Deixamos o cara na estação e encontramos o Marcus, pra variar, rindo por nada.
Agora precisávamos nos reencontrar com o Wagner e a Thaís pra comer e aproveitar a noite.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Diário de bordo

Virando a virada - Parte II

14:40 Eu e o Wagner compramos nossas gravatas e lenços para a cerimônia de posse da nova gestão do Rotaract. Vamos de par de vaso.
Saindo da loja decidimos comer. Mais uma briga: em que lugar?
A primeira opção foi o Shopping Light, mas acabamos comendo numa lanchonete. Os atendentes ficaram meio hostis por não termos comido self-service. Que culpa tenho se estávamos zerados e preferimos os lanches.Fora a decoração do banheiro (urina por todo o chão), nota dez para o QI do pessoal do estabelecimento. Do garçon que me sugeriu suco de açai e depois disse que não havia mais à caixa que voltou troco errado para o Soratto e ainda discutiu com ele. Detalhe: ela fez o cálculo com calculadora.
Mas não rimos só deles. O Soratto estava desesperado porque ia embora sozinho, então resolvi fazer um mapinha das baldeações que ele deveria fazer.



15:30 Ficamos com dó e resolvemos levar o Soratto até a rodoviária, já que ele resolveu pagar nossas passagens em gratidão à nossa solidariedade. Fomos tão legais com ele que até subimos na São Bento para que ele não precisasse fazer baldeação. Ficamos um pouco com ele na rodoviária e decidimos correr para assistir a apresentação da Juliene e levar as coisas do Wagner pro hotel. Nos despedimos do Soratto, depois de levá-lo ao guichê de passagens e deixá-lo em frente ao portão de embarque (seria maldade dizer que ele estava como criança perdida, com medo até de passear e não saber omo voltar ao portão de embarque).

16:30 Eu e o Wagner começamos uma briga de mão no metrô. Não queria que ele segurasse no apoio. Acho que a Carla ficou com vergonha. Mas o pior de tudo foi descer no Anhangabaú, as vozes que nos perseguiam dizia que estava tudo congestionado, o que realmente estava. a estação da República estava interditada, então demoramos cerca de 15 minutos, segundo os policiais, para conseguir chegar do metrô à escadaria. Pessoas caindo, empurra, empurra, mulher desmaiada, crianças chorando. Tudo para transformar nosso fim-de-semana inesquecível.

Mas o melhor ainda estava por vir.

Queria voltar

"Ela é só uma menina
e eu pagando pelos erros que nem sei se cometi..."

(Romance ideal - Paralamas do Sucesso)



Pela primeira vez senti vontade de voltar no tempo e apagar uma parte do meu passado. Depois de muitas besteiras, desta vez encontrei uma que merecesse arrependimento.
Desculpe todos que me avisaram e que preveram o que poderia acontecer.
Dizem que precisamos quebrar a cara e aprender com os nossos erros. Já era pra eu ter aprendido, mas agora já é tarde. O estrago está feito.
Vou pegar os cacos e colar como puder. Farei o possível para parecer perfeito.
Mesmo sabendo que não fiz nada de errado, sou merecedor da minha condenação.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Diário de bordo

Virando a virada - Parte I


06:30 Liguei pro Wagner e arrumei as coisas da Livya.

07:15 Cheguei no ponto de ônibus, mas os ônibus não passavam e acabei pegando um moto-táxi, que ainda parou pra abastecer. Cheguei na rodoviária quando o ônibus estava saindo e o Soratto estava desesperado. Liguei pro Wagner e ele ainda estava dormindo.

08:40 O Wagner chegou quando já estávamos dentro do ônibus. Conversamos um pouco, mas quem acabou nos chamando a atenção foi o sono. o Soratto estava na maior adrenalina. Estava vestido de mendigo, já que o instruiram a ir vestido mais que o normal, pra não ser assaltado.

11:00 Foi engraçado o primeiro passeio do Soratto pelo metrô. Em cinco minutos ele já sabia andar por São Paulo, segundo ele. A 25 estava lotada, então demoramos muito tempo pra conseguir descer. Muitos paulistanos nunca tinham visto aquilo. Até fotografavam. Conseguimos comprar apenas os relógios na galeria Pajé.

11:40 Eu precisava ir ao banheiro e consegui usar o de uma lanchonete. Depois fomos pro Mercado Municipal. Nosso próximo destino era o Bras, mas descobrimos que era um pouco longe. Não resisti e fui vencido pela barraquinha de milho verde. Quando vi, estávamos os três comendo milho verde ao lado do carinha do som. Só tocava Bhangra.
Tem coisa melhor que comer milho verde no pratinho, ouvindo Bhangra com os brothers na 25 de março lotada num pós feriado? Merecia até foto, mas não havia máquina.
A fome continuava. Próximo passo, espetinho. A briga pra ver quem pegava o misto, foi a melhor.

13:00 Esperamos a Carla sair e optamos ir pra Santa Efigênia ao invés de ir para o Brás, já que não daria tempo de ir aos dois. Rodamos, rodamos e rodamos e nada de encontrar o mp10 pro rapazinho.

14:30 O Sexshop estava fechado (precisava ir por fins necessários) e a cabelereira ao lado queria que eu trançasse meu cabelo enquanto esperava a moça voltar do almoço. Fomos então ao outro Sexshop só pra passar o tempo. o cidadão me oferece tudo quanto é tipo de quinquilharia sexual. E ainda ofertou um consolo. Quando o questionei sobre o que faria com um consolo ele disse que eu poderia usar caso eu "gozasse rápido e a moça ainda precisasse de estímulo". Saimos de lá rapidinho.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Virei a virada


Novamente em Sampa, motivos variados e lugares também.
Não imaginava quão interessante poderia ser a virada cultural. Ano que vem lá estarei, certamente.
Bom, agradeço as companhias e as surpresas. Afinal, não é sempre que se encontra gente de tanto lugar perdida em São Paulo. Quer dizer... a não ser que seja na 25.
Enfim... Este post foi só pra não dizer que abandonei o blog.
Estou realmente privado de internet.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Andei estranhando o “serumano”

Posso dizer que o meu estranhamento começou por mim mesmo. Nunca imaginei me apaixonar pela cidade das maravilhas. Assim como a Alice, São Paulo me encantou também.
Foi caminhando pelas ruas da perdição que minha mente foi pra tantos lugares diferentes na mesma noite.
Enquanto fazia a baldeação para a linha vermelha do metrô, alegrei-me ao me deparar com uma figura excêntrica. Um cidadão com seus trinta em poucos anos trajando roupas coloridas, cabelo azulado e o tênis mais colorido que já vi em qualquer pé que pude observar. Foi então que percebi que ser diferente não é apenas o retrato de uma adolescência revoltada, uma busca por chamar a atenção. Algumas pessoas se sentem bem com o incomum por toda a vida.
Saindo da estação Anhangabaú, passei por um casal se despedindo apaixonadamente. Cena normal, se o casal não fossem dois caras. Incomum para um garoto interiorano, mas habitual para o mundo moderno. Chocante? Talvez.
O rapaz que passou por eles ao meu lado estava inconformado. “Tanta mulher no mundo e os dois se atracando sozinhos!”
Continuei minha caminhada. Em pouco tempo na Avenida 9 de julho, avistei um cachorro dormindo numa posição pouco confortável para ele. O pobrezinho devia estar com frio. Mas só aparentava.
Sangue escorria da sua cabeça, deixando rastro avermelhado pela calçada. Um vermelho escuro, pesado. “Que tipo de pessoa faria isso com um animal indefeso?”
A partir daí comecei a estranhar a humanidade. Como pode existir tanta gente lutando para salvar vidas, ajudar pessoas contra tantas mais apenas buscando o mal, denegrindo a imagem de uma população toda.
Não foi por esta parte da cidade que eu me apaixonei. Quero a alegria, as oportunidades, a diversidade, mas não a liberdade para fazer o que der na telha, sem me importar com as conseqüências que os outros sofrerão.
Quem mata um animal por puro prazer pode saber ao certo o que é amor?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Andei sentindo saudade

Queria novamente teu braço, teu abraço, teu cheiro ao acordar. O "bom dia" apressado, pois mais uma vez estava atrasado e precisava acordar antes que alguém levantasse.

Imagino até mesmo os diálogos, pouco previsíveis, que provavelmente ocorreriam mais uma vez.

- Que foi?
- Por quê?
- Por que você está me olhando deste jeito?
- Normal. Por quê? Eu não posso te olhar?
- Claro que pode.
- E no que você está pensando agora?
- Em nada.
- Claro que está.
- Tá bem. Estou pensando no por quê daquele olhar.
- Então me dá um beijo.
- Não. Estou de greve até você me contar.
- Bobo.

E seria neste momento que você faria carinho no meu peito e debruçaria tua cabeça sobre ele, enquanto eu sentia meu coração acelerar.

E assim eu me perderia no tempo mais uma vez.

sexta-feira, 27 de março de 2009

"Quase morri..."

Foi ontem. Eu havia decidido não contar a ninguém, mas eu precisava. Sentei em frente o computador e comecei a digitar. Meus dedos tremiam, como meu corpo todo tremeu quando parei para respirar.
Eu estava indo para Bate-Pau, em cima da hora, como sempre. Dia comum, trânsito normal. Os caminhões habituais segurando o trânsito.
Estava ultrapassando um caminhão como os outros carros, mas o motorista teve um surto psicótico e resolveu gladiar comigo.
Quanto mais eu acelerava, mais ele acelerava. A faixa de ultrapassagem estava terminando e o meu espírito esportivo também.
Sem tirar os olhos da estrada, tenho certeza que minha pupilas se dilataram ao avistar o carro que vinha na minha direção. Fiat Uno, branco, perfeito estado, velocidade moderada. Ficava cada vez maior e o caminhão ainda ao meu lado.
Há alguns metros de distância joguei o carro pro acostamento contrário. Mais cinco carros passaram por mim, não conseguia reduzir, o caminhão continuava a me acompanhar e o acostamento estava acabando.
Não sei o que deu em mim, mas confiei no meu anjo da guarda e em seu irmão gêmeo. Atravessei as duas mãos, cortei a frente de um carro que nem por decreto consigo lembrar qual era, fechei o caminhão e retomei a pista.
Parei no acostamento e enquanto buscava ar, esperei meus braços pararem de tremer.
Apenas mais uma história pra contar.
Aviso? Claro que não. Se fosse, eu teria ido trabalhar de ônibus hoje e não teria batido o carro na rua de casa.

domingo, 22 de março de 2009

Promessas demais

Sim, ultimamente andei fazendo promessas, mesmo que inconscientemente. Prometi coisas das quais muitas delas evidentemente não conseguiria cumprir. Selei com olhares acordos que diziam o que não queria dizer.
Prometi fidelidade, quando jurei a mim mesmo que seria fiel à promiscuidade.
Aceitei rosas de pessoas que não mereciam nem ao menos espinhos.
Ofereci amor camuflado em amizade.
Dei companhia quando a quem desejava distância.
Ofertei colo quando quem mais precisava era eu.
Prometi esperar por quem nunca esperaria por mim, mesmo sabendo que estava me enganando.
Insisti em ser sincero e descobri que muitas vezes a verdade dói muito, mas as cicatrizes são bem menores que as feridas causadas por mentiras.
Sou humano, erro, sinto.
Sinto amor, carinho, afeto, afeição. Quero amigos, família (ainda sonho em ter uma), paz e uma casinha branca com varanda.
A minha principal promessa foi feita a mim mesmo: ser livre, ser feliz. E é por isso que a única pessoa que hoje pode me prender está deitada ao meu lado neste momento. Por algum tempo vou viver apenas por nós, para nós. Minha fila e eu. Essa é a única promessa que devo cumprir.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Olhando pro céu


Há tempos não me pegava olhando as estrelas e, depois daquela noite, isso vem ocorrendo com freqüencia.

A última vez que isso aconteceu foi numa chácara com amigos e novos conhecidos. E, por mais que não pareça, uma noite que mudou muito coisa na minha vida.

E não é que na noite passada vi mais uma estrela cadente. Não via nenhuma desde aquela noite onde vimos "deversas". Mas não importo se contei, pois meu desejo um dia há de se realizar.

Agora, voltando às estrelas... Elas me remetem odores antigos, gírias esquecidas, trazem à tona sentimentos adormecidos e renovam sonhos um dia deixados de lado.

Hoje posso afirmar que quando olho para o céu, dou-me uma chance de sonhar acordado e concretizar o que não consigo nem mesmo quando durmo. Posso estar em qualquer lugar, na companhia de qualquer pessoa e o tempo que bem entender.

Talvez por isso ando, por demais, olhando as estrelas.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Esconde-esconde

Andei sumido, estava sem internet e, pior que isso, sem tempo.

Mais uma vez me privei de muitas coisas que me fazem feliz para viver para os outros e descobri que mais uma vez me anulei por alguém que não faria o mesmo por mim.

E por mais que eu diga que tudo vai ser diferente, que vou vestir a máscara de inabalável e seguir em frente como se nada tivesse acontecido, uma hora ou outra tudo volta a ser como era antes.

Há muito tempo desisti de brincar de esconde-esconde com quem realmente sou, pois me dei conta de que minha verdadeira identidade sempre consegue me encontrar. E volto a encarar a realidade da qual sempre fugi.

O estranho é me deparar comigo mesmo mais uma vez e descobrir que ainda tenho os mesmos medos, as mesmas inseguranças, as mesmas angústias que cinco anos atrás. E quanto à saudade, só não digo que é a mesma, porque ela aumenta cada dia mais.

E não há como fugir.

E muitas vezes, quando debruço minha cabeça no colchão e fecho os olhos, voltamos a nos encontrar. E quando acordo me sinto bem, pois por uma noite tive de volta a felicidade que era estar ao lado de quem tanto amei e amo. Ao lado de quem me ajudou a ser quem eu sou, sem razões para precisar me esconder.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Não faz mal

Não faz mal, ele diz.
O dinheiro acabou, a geladeira está vazia, o possante na reserva. Mas não faz mal.
Não há mais números na agenda pra ligar, não há mais filmes pra assistir, o velho vídeo game foi tirado do armário, o tédio virou rotina. Mas não faz mal.
Seus amigos já se foram, o seu amor há tempos não está ao seu lado. Mas não faz mal.
Mesmo assim não faz mal.
Todos eles estão guardados em seu coração.
E enquanto ele puder lembrar ds momentos bons que viveram juntos, a solidão não irá lhe assustar.
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