Escrevo pra eternizar momentos, pensamentos, pessoas e sentimentos.
Escrevo para lembrar porque vivo e para continuar vivendo.
Escrevo para colocar pra fora o que não conseguiria expressar apenas através da fala.
Depois de brincar de caçar hotéis conseguimos nos hospedar.
Almoçamos no shopping num self-service. Pegamos uma promoção boa, pois senão nossos pratos ficariam na faixa dos R$ 60,00.
Na nossa primeira noite eu e a Bruna fomos correr na orla. A dor nas pernas foi suficiente para a corrida durar apenas um dia. Na noite seguinte eu e o Vegetable fomos até a praia ver se encontrávamos alguém praticando slackline, mas nem encontramos.
A Selita vestiu a camisa do projeto antes mesmo da nossa primeira apresentação.
No fim-de-semana fomos a uma praia mais distante e eu tentei subir na slackline. Confesso que tudo o que consegui foi ficar em pé.
O pessoal foi ver o show do filho do Bob Marley, mas eu acabei me rendendo a uma baladinha mais suave.
Linhares é um grande polo petrolífero. Cerca de 70% das famílias da cidade vivem de renda direcionada ao petróleo.
No domingo, a equipe conheceu uma das lagoas naturais de Linhares e a paisagem era magnífica.
Fomos conhecer a Escola Adelso Del’Santo, onde iremos apresentar na quarta-feira. O diretor não estava. Quem nos apresentou a escola foi a secretaria, Franciele.
Uma parte da equipe foi até a Lagoa Nova, porém estava fechada para visitação.
Fomos almoçar na lagoa Juparaná, no restaurante do Minotauro. Um dos lugares mais bonitos da cidade.
Na quarta-feira, a equipe tomou café-da-manhã às 7h e partiu para a Escola Adelson Del’Santo. A primeira apresentação foi às 9:30 com aproximadamente 200 alunos da escola anfitriã e 60 alunos do Centro Infantil Valdir Gabriel Marin.
Comandados pela Denize Dantas Cardoso, Técnica de Enfermagem da Pestalosee (Centro de Educação para Especializados), alguns alunos apresentaram um número que emocionou criança e professores.
Denize deixou um depoimento empolgante sobre doação e formas de lidar com pessoas especiais.
O cliente era a distribuidora SABB, que presenteou as crianças com o achocolatado da Kapo!
A tarde recebemos mais 840 crianças das mesmas escolas. Elas ficaram impressionadas quando a cortina se abriu.
Havia muitas crianças com menos de 4 anos e a apresentação acabou se perdendo, pois elas passaram a maior parte do tempo chamando pelos animais, o que tumultuou um pouco o fim da peça.
Recebemos também a visita da Secretaria do Meio Ambiente. Este ano eles deram inicio à Divisão de Educação Ambiental. O Fabiano Baroni, chefe da divisão, gostaria muito que o projeto pudesse participar da semana ambiental de 2012.
A divisão, que já construiu uma estação de tratamento de esgoto na cidade, está montando uma associação de catadores e hoje, por ser dia da árvore, fizeram vários trabalhos de conscientização. Distribuíram mais de mil mudas de árvores na estrada e trocaram os lixos dos carros por sacos vazios.
Conversamos com o estagiário Jorge Alexandrino de Jesus e com a bióloga Bianca Drago, que acreditam no equilíbrio sustentável entre as indústrias petrolíferas e o meio ambiente.
Pra não dizer que somos sedentários, eu e a Bruna fomos a uma academia. Enquanto eu treinei kangoo jumps, ela foi pra aula de bike in door. Estou destreinado!
A escola onde apresentamos tinham algumas particularidades curiosas. A primeira delas é que a escola fica bem próxima a um lixão e quando os professores pedem para que façam algum desenho sempre colocam urubus, pois dizem que eles fazem parte de seus quintais.
Outro fato interessante é a horta que eles cultivam na escola. Quem cuida delas são os alunos do ensino médio juntamente com um funcionário e uma professora. Foi muito legal vê-los trabalhando e a maneira como eles se divertem cuidando da plantação.
A Daniela Costa, representante da secretaria de obras e da Associação dos catadores de materiais recicláveis Natureza Viva (ASCANAVI), veio assistir a apresentação da tarde, porém a energia ainda não havia voltado. O coordenador de meio ambiente da associação, Gessi Lima dos Santos, também foi nos assistir. Ele deu um depoimento para a equipe contando da sua vida quando catador no lixão e agora como catador organizado.
Eu e o Vegetable comemos japa food no shopping e depois fui encontrar o Fabio Pasquini, a Bruna e o Marssô numa baladinha de aniversário de uma academia. Eles combinaram de chegar as dez, mas chegaram onze e meia. Deu tempo de beber algumas latinhas antes de entrar.
Poderia dizer que a noite foi sensacional, se eu lembrasse muita coisa dela.
Imagina o final do filme "Se beber não case". Eu olhando as fotos da minha câmera no dia seguinte foi o mesmo que eles vendo as fotos nos créditos.
PS: É claro que as fotos e vídeos do pós balada foram vetadas.
No domingo fomos assistir ao 11º Festival Mundial do Circo – o evento aconteceu de 7 a 11 de setembro – prestigiando as duas últimas apresentações do evento que ocorreu durante o fim-de-semana.
Além das apresentações de diversas companhias foram aplicadas várias oficinas circenses ao longo do festival
Os primeiros a apresentar eram vários grupos de Belo Horizonte juntos que nos surpreenderam com engraçadas e emocionantes esquetes. Além de uma banda memorável, que nos envolveu com suas músicas empolgantes.
Depois assistimos ao espetáculo Experimento do Circo Amarillo, um trio de acrobatas, ilusionistas e malabaristas que deram um show, deixando crianças e adultos boquiabertos por todo o decorrer do espetáculo. Não foi a toa que foram ovacionados por toda a plateia em pé.
O Vegetable fez aniversário durante a nossa estadia.
O Alexandre, a Thamires e o Fábio Della Mônica fizeram um city tour, conhecendo a lagoa da Pampulha, igreja São Francisco, estádio do Mineirão e o mirante. No caminho, se depararam com uma cena comovente: 70 famílias despejadas pela copa.
O cliente Itambé levou seu mascote para animar a garotada.
Depois de três meses sem chover, São Pedro resolveu ensaiar uma chuva, que na verdade não passou de uma garoa de poucos minutos.
A noite fomos comemorar o aniversário dos dois Fábio, porém apenas o Fabio Pasquini estava presente. Fomos a um barzinho bem aconchegante. A noite foi bem agradável.
Antes de ir para a cidade da Karinho, passei por Ribeirão para ir para casa. Aproveitei a parada para tomar café com o Derick e rir um pouco da vida.
Como ficamos sabendo de última hora da apresentação de quinta-feira, tive que voltar as pressas. Cheguei em Divinópolis as cinco da manhã. O meu celular estava sem bateria, então tive que usar a tomada da rodoviária para conseguir ligar para o Fábio para descobrir o hotel onde nós estávamos hospedados.
Apresentamos em um parque da cidade para mais de três mil alunos. Dividimos as apresentações em dois dias.
Foram dois dias e dez apresentações. Na última apresentação fomos surpreendidos com a presença dos alunos da APAE que não haviam confirmado a participação.
Jantamos no bar do Gelu e almoçamos na fábrica da Karinho. O pessoal da empresa foi demasiadamente receptivo.
Ganhamos muitos produtos da Karinho, que nos proporcionou um lanche da tarde altamente calórico e delicioso.
Visitamos a lagoa da cidade e aproveitamos para tirar ótimas fotos.
Somente depois de dois dias entrando na água que nós descobrimos que havia piranhas as que não são divertidas na água.
No fim-de-semana que antecedeu a apresentação aconteceu a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Uma procissão que união diversas culturas atravessou a cidade tanto no sábado quanto no domingo. Foi de arrepiar.
Vários depoimentos foram recolhidos.
Pra não dizer que comemos muito saímos da pizzaria e fomos direto para o açaí que ficava do outro lado da rua. Eu fui o único que permaneci firme e não comi o danado.
Corri pra rodoviária para pegar o ônibus pra Ribeirão. O ônibus que chegaria 23:40 chegou 1:30!
Ao lado do nosso hotel ficava o casarão onde morou Dona Beja. Visitamos a sua antiga casa, porém o casarão hoje é um hotel e não era aberto a visitas no horário em que fomos conhecer.
Além de uma bela paisagem, lá havia banho de lama medicinal e a famosa fonte de Dona Beja, que traz uma imensa paz com um cheiro indescritível.
A vista do mirante também nos deixou sem palavras. O lago atrás do hotel nos remeteu a filmes estrangeiros, principalmente aqueles com irmandades.
Durante a nossa estadia na cidade houve uma forte tempestade de areia. A apresentação foi bem complicada e quase todos choraram com a areia nos olhos.
Também tivemos nosso momento piscina com direito a encenação da peça, joguinhos que renderam boas risadas e até mesmo a participação de um personagem que rendeu a cena mais lembrada da história do cinema.
Em época de festa do peão de Barretos não conseguimos hotel nem mesmo em Ribeirão Preto, então nos hospedamos em Jardinópolis. Embora a maioria de nós ser baladeira, gostamos muito do clima de cidades pacatas.
E não é que Jardinópolis nos atraiu muito.
Apresentamos no dia do desafio. Eu e o Fábio fizemos a atividade física proposta pela professora de Educação Física e, em contrapartida, fizemos uma recreação para completar as atividades.
As crianças ao voltar para a sala já fizeram atividades relacionadas ao projeto e ficamos encantados ao ver os desenhos feitos dos animais da peça.
Falando em Ribeirão Preto, é claro que não poderia faltar o nosso maior ponto de referência da cidade, o lorão, Derick Volcov. Acho que enfartei o irmão dele no restaurante onde almoçamos.
O Derick foi assistir a apresentação e acabou dando carona pro Alexandre até a rodoviária. A noite ele foi nos buscar para curtimos um barzinho com a Tamie Uemura, a Buna Carvalho e o queridíssimo Fonsekinha.
Claro que juntar rotaractianos íamos cair no mesmo assunto, mas até que variamos. Além de falar sobre
Rotaract, passamos o resto da noite discutindo jingles. Acho que deixamos o resto da mesa com sono.
Serah?
De qualquer forma, já estou com saudade dessa galerinha, viu!
A primeira cidade em que um shopping fecha antes das oito. Ficamos muito impressionados com isso.
Enquanto o Fábio e a Bruna atacaram na pizza, nós fomos para o outro lado e ficamos no rodizio de peixe e comida japonesa. Muito bom, por sinal.
A Carol reencarnou a Reciclina.
A parte boa foi que sobrou um tempinho pra aproveitar a piscina, o spa e, principalmente a academia. Não treinei muito pesado, mas pude correr bastante.
Não conseguimos hotel na cidade, pois eles estavam lotados devido à corrida que haveria no domingo. Evento que foi patrocinado pelo cliente de Catanduva.
Ficamos hospedados em Pindorama, próximos à estação ferroviária.
Se fosse for à Pindorama precisa provar a panqueca do Maktub's. Além da comida ser boa, o atendimento é ótimo e o serviço muito rápido.
Durante a nossa estadia vimos um grupo de cavaleiros que passava pela cidade. Dois garotos pequenos acompanhavam o grupo.
Eu, a Bruna e a Thamiris fomos correr na rodovia. Foi divertido.
Depois de muito tempo reencontrei a Giane Bechara. Que saudade dela e da Nina!
Depois de duas horas de viagem chegamos ao nosso segundo destino da nossa segunda rodada. Agora tenho um novo companheiro de quarto, o Fábio Della Mônica, o Vegetable. O celular da Carla foi substituído pelo ronco dele.
O Fábio está substituindo o Marquinho, assim como a Thamiris e a Bruna estão substituindo a Carla e a Carol.
No primeiro dia fomos à escola levar os achocolatados no período noturno e havia uma pequena queimada bem próxima à escola.
Perto da escola havia um lixão, mas quando encerramos as apresentações o lixão já estava fechado então não conseguimos visita-lo.
Durante a madrugada um barulho diferente chamou a minha atenção. Bem perto do hotel havia uma queimada bem forte. Até liguei para o pessoal para perguntar se eles também estavam presenciando. Ficamos realmente assustados. É impressionante ver como ainda há pessoas que não se importam com o nosso futuro.
Pensei que eu veria a Van Van, mas não conseguimos nos encontrar.
Nada como descansar. Passar um tempo em casa, matar a saudade da família, rever amigos, curtir lugares, dormir na minha cama.
Pra não dizer que só descansei, malhei um pouco para dar um jeito nos 8 kg ganhos, dancei com a banda, participei de eventos do Rotaract e – o mais extraordinário – saltei de bungee jumping.
Recebemos a visita do Derick Volcov, brother de Ribeirão Preto e também curtimos muito com o Renato Soriano de Pradópolis (com direito a fondue com tabasco na casa do André e da Lenise).
No dia dos pais fui jogar boliche com meu velho e amigos da antiga. Fazia tempo que esse jogo era esperado. Pena que não ganhei nenhuma partida. Mas foi sorte...
O pessoal do teatro ficou hospedado no mesmo hotel que o Teatro Mágico. Descobri isso pegando elevador com alguns integrantes da banda.
Apresentamos no Mário Vieira, anfiteatro que me traz boas lembranças.
Demos entrevista sobre o projeto no Programa Reinaldo Bastelli e também tivemos uma matéria publicada no Jornal de Limeira e no blog Limeira Sustentável.
Apresentar em casa me deu um gás maior para voltar à estrada e tive mais tempo de me despedir dos meus.
PS: Quando eu pegar o vídeo do meu salto eu posto aqui
Pra fechar com chave de ouro, é claro que tínhamos que ter muita história pra contar.
O sábado foi movimentado. Começamos numa festa junina e depois fomos para um barzinho. Nesse barzinho conhecemos duas professoras que, por sinal, iriam assistir a nossa apresentação na segunda-feira. Elas nos levaram para outro barzinho onde por incrível que pareça encontrei o Rudi e a Karen, sua namorada. Digo por incrível que pareça, pois ele é de Curitiba e nós nos conhecemos no albergue em Buenos Aires.
De lá fomos para uma baladinha que não lembro o nome. Mas lembro que a noite rendeu muitas histórias. Até mesmo pra quem não lembra delas.
Foi a última apresentação das meninas. A choradeira começou solta entre elas.
Pra fechar com chave de ouro fizemos um happy hour no restaurante de comida chinesa em frente ao hotel.
Apresentamos em duas escolas. Na primeira delas conhecemos a Saporeca, a mascote do meio ambiente da cidade. Ela foi escolhida através de um concurso entre as crianças de Castro.
A segunda escola tinha um mega ginásio, mas chegar até ele foi uma aventura.
Eu confesso que gosto de conhecer lugares novos, mas prefiro quando os visito pela segunda vez. Assim posso ver o que gostei mais uma vez e posso também conhecer os lugares que não tive a oportunidade. Foi o que aconteceu aqui.
Infelizmente, mais uma vez, eu não consegui ir à Opera de Arame, mas certamente outras oportunidades virão.
Curitiba me remete a novela Sonho Meu, que é a minha primeira referência ao jardim botânico. A melhor coisa que fiz foi conhecer o jardim botânico no dia dos namorados. Uma pena eu ter perdido os vídeos que fiz da casa de vidro. Estava tendo um flash mob onde as pessoas soltaram balões de ar em formato de coração. Ver centenas de corações voado pelo céu do jardim botânico foi inenarrável.
Passei também pelo ginásio onde apresentamos na Curitiba Cup em 2005. Muitas lembranças daquela época.
Nossas visitas ao shopping estação foram frequentes.
Em uma das melhores noites pude desfrutar da companhia do companheiro André Atila Mendes e conhecer os seus amigos Japajapeta e Bruno Lobo.Posso dizer que conheci pessoas tão insanas como os LZT. Ou mais... Pena eu não estar com a câmera aquele dia.
Aproveitamos também para conhecer a Usina de Reciclagem em São José dos Pinhais.
Nós nos hospedamos em Curitiba. Ficamos bem cansados da viagem e foi muito difícil encontrar um hotel. Saímos pra comer e voltamos para o hotel. O Renan, de Curitiba, havia indicado um barzinho para irmos, mas ninguém se dispôs a sair e eu acabei indo sozinho. Conheci três amigas peculiarmente originais: uma personal stylist, uma estilista e uma maquiadora. Não preciso dizer qual deia ser o perfil delas.
Eu, a Carol e o Yuri ficamos na escola enquanto o pessoal voltou para o hotel em Curitiba para fazer o check out. Duvido que vocês conseguem adivinhar quem deixou a chave do quarto na mochila.
Enquanto o pessoas não chegava nós gravamos alguns depoimentos para o documentário!
Almoçamos na escola e tivemos a companhia do João, filo da diretora. O garoto é um ambientalista que fundou um clube da ecologia com os amigos.
Descobrimos que havia uma usina de reciclagem perto da escola, mas não deu tempo de visitá-la, então deixamos para fazê-lo antes de sair de Curitiba.
Voltando de São Paulo para a estrada, paramos para descansar em Curitiba. De lá partimos para Joinville embaixo de uma chuva nada passageira.
Agora temos um oitavo integrante, o cinegrafista Yuri Bianchini.
Finalmente chegamos à cidade que tem um dos mais conhecidos festival de dança do Brasil.
Joinville é a segunda cidade mais úmida do mundo. A Carla até já estava sem voz, mas a minha foi embora depois de dois dias na cidade. Vocês podem perceber pelo vídeo.
Em pouco mais de um dia o Yuri descobriu porque dizemos que a Carla não deixa ninguém falar.
Assistimos a prévia de um teatro de um projeto semelhante ao nosso: "Cidade Limpa, Criança Feliz". A cidade dá uma importância muito grande ao tratamento dos resíduos sólidos.
Visitamos uma das quatro cooperativas de catadores da cidade antes de colocar o pé na estrada.
Em nosso primeiro dia passamos tarde e noite trancados na sala de convenção tentando mandar as fotos do projeto para a atualização do site e mesmo assim não conseguimos.
Enquanto a apresentação corria, estávamos na expectativa para saber se voltaríamos para São Paulo para apresentar na Virada Sustentável ou não. Enquanto as meninas estavam todas animadas para voltar, nós queríamos continuar na estrada para não ter que enfrentar mais de 10 horas de pista.
No fim do dia veio a confirmação: nós iríamos para São Paulo.
Saímos às 4 da manhã. O clima vocês podem conferir no vídeo.
Ficamos num hotel que fica na divisa de União da Vitória com Porto União (SC). As duas cidades são separadas por uma linha de trem.
As apresentações foram feitas no teatro municipal de União da Vitória. O coitado do Marquinho teve que atravessar as cidades pra chegar ao Banco do Brasil. Cerca de uma quadra. Pouco tempo mais do que levamos para atravessar os dois estados durante todo o fim-de-semana.
O frio estava devastador. O pessoal pensava duas vezes antes de sair do hotel até para comer.
O hall do hotel virou sala de convenções.
No sábado eu, o Fábio e o Marssô fomos para uma baladinha chamada The Hall. Ficamos mais de uma hora e meia na fila com a temperatura quase abaixo de zero.
Andamos quatro km até chegar na rodoviária para pegar um táxi. O relógio marcava 3º C.
A cidade desconhecida por todos é muito bonita e bem cuidada.
Fomos pegos por uma armadilha, pois pensávamos que apresentaríamos apenas em uma escola e só pela manhã descobrimos que haveria uma outra.
Havia tantas crianças na segunda escola que precisamos pedir para uma parte voltar para as salas de aula e fizemos uma sessão extra.
Pela primeira vez decidimos fazer um happy hour e fomos interrompidos no meio do caminho antes que déssemos conta estávamos em uma loja chamada Tudo por R$ 10,00. Mas o happy hour não ficou por ai não. Comemos os mais diversos e apetitosos pastéis de nossas vidas.
Infelizmente não lembro o nome da pastelaria, mas a recomendo a todos. Se você for à Caçador não deixe de comer o pastel ao lado da linha do trem.
Foram quase nove horas de luta para o chaveiro conseguir enfim arrumar a porta do ônibus.
Depois de uma outra grande batalha eu finalmente consegui encontrar uma boa mala para comprar.
O cliente da cidade era o leite Tirol. Eles nos levaram para conhecer o depósito onde nos brindaram com um delicioso churrasco na hora do almoço. Nós nos sentimos a extensão da família deles, ou como se eles fossem a extensão da nossa. Tanto tempo longe de casa, já dava para sentir saudade de toda essa festa em família.
À noite fomos comer pizza e a diversão ficou ainda maior. O jantar acabou em caça ao tênis do filho de um dos clientes.
Para fechar com chave de ouro fomos a uma quartaneja. Sim, vocês entenderam direito. Foi uma noite memorável.
Num fim-de-semana em que fazia o maior frio em São Paulo, conseguimos dias ensolarados em uma das cidades mais frias de Santa Catarina. A rota da amizade estava nos favorecendo.
Noites de cantoria, musculação, brincadeiras na piscina, fizeram do nosso fim-de-semana memorável.
O pessoal fez uma fogueira no hotel no mesmo dia em que fomos furtados. Mesmo com a policia e o boletim de ocorrência tínhamos certeza que não daria em nada. E foi o que realmente aconteceu.
A Elba Ramalho e a Tetê Espínola abrilhantaram a nossa noite na fogueira. Só quem estava presente pra entender o quão prazerosa foi a noite.
Em frente a sauna encontramos o Fábio discutindo com uma aranha armadeira que esta pronta para lhe atacar.
Os alunos da escola onde apresentamos fizeram uma entrevista conosco para o blog da escola. Eu e o Fábio também demos uma entrevista para a rádio local.
Após 12 horas de estrada voltamos à Santa Catarina. Já haviam nos avisado que a cidade era linda, mas não imaginávamos o que iríamos encontrar até chegar aqui.
A cidade com 6.200 habitantes é composta por colônias austríacas e alemãs. Cerca de 1.600 moradores da cidade estão morando na Europa, por eles terem dupla cidadania.
O hotel em que ficamos (13 Linden) além de comida típica austríaca, os atendentes nos serviram com vestimentas típicas e jantamos ao fundo de uma cítara, tocado pelo senhor Mozart, dono do hotel.
Nem o frio de quase 2°C nos abalou. A beleza da cidade contagiou todo mundo.
Pena que, mais uma vez, temos que partir.
Nota: Parabéns ao Felipe e Cláudia Arns, que haviam acabado de se casar e que agora serão três. Que o bebê de vocês seja muito bem-vindo!
Posso garantir que a parte mais cansativa da viagem foi procurar hotel. Chegamos na cidade na hora do almoço, mas só conseguimos nos instalar por volta de 20h.
Fomos à Pepsi Club e, embora eu tenha dito adeus ao meu chapéu nesta noite, foi uma das melhores baladas que pegamos durante toda a viagem até agora.
Por causa das tranças vermelhas, me confundiram muito com o Wagner Love. Algumas situações foram mais do que engraçadas. Até na fila do banheiro a galera parava pra puxar assunto comigo. Chegaram até a me chamar de Capitão Nascimento Wagner Moura. Vai entender!
Mas que chamou msm a atenção da galera foram os nada verdadeiros Blue Men!
Demorei horas para chegar até aqui. No caminho a minha única companhia foi você.
Há duas horas comecei a subir. Respirei fundo quando olhei para o topo e dei o primeiro passo. Foi assim quando te conheci: respirei fundo e te tirei pra dançar. Você riu da minha ousadia e acompanhou meus passos por alguns segundos. Eu sabia que era você, eu sabia.
Conforme escalava as pedras, lembrava o quão difícil foi te encontrar novamente. Você e os teus compromissos sempre acima das tuas vontades... Queria tanto ter sido prioridade por pelo menos uma vez.
Metade do percurso, agora já m lembrava do nosso adeus. Você adormeceu em meus braços e eu fiquei velando teu sono. O que permaneceu foi a promessa de um futuro desconhecido. Eu queria e roubar pra mim, mas não podia te trazer comigo. Infelizmente também não podia ficar.
E seguimos...
Doeu tanto quando ouvi de você que tudo tinha passado, que você havia seguido em frente e que o lugar que acreditava ser meu já estava ocupado por outro alguém.
Cheguei, estou no pico mais alto. O vento me beija e me sussurra no meu ouvido coisas que martelam em minha cabeça há tanto tempo. Ele me pergunta se realmente vou seguir em frente.
Sentado nas pedras, peço a Deus para cuidar de você e que a sua vida seja cheia de felicidade mesmo que não seja eu ao teu lado.
Está na hora. Eu me levanto e abro os braços, abraço o vento, abraço o meu corpo antes de saltar. Junto os pés e te vejo. "Vá com Deus", você sussurra.
"Eu te amo", eu sibilo enquanto deixo meu corpo pender para frente. Não consigo gritar. Sinto-me tão perto do céu, sublime, estou tendo uma epifania!
Sinto o impacto, fim da linha, meu corpo volta a subir e fico suspenso no ar.
Toda vez que salto me sinto liberto e quero sentir esta sensação quantas vezes puder.
A capital dos calçados. Pense que me daria bem e conseguiria encontrar uns 20 pares de tênis para mim, mas doce ilusão acabei encontrando apenas dois que me atraíram. Mais uma vez me pergunto: se sofro pra achar calçados calçando 45, imagina as pobres almas que calçam entre 46 e 54?
A galera brincou legalzinho no shopping. Ninguém saiu de lá sem abrir a carteira em alguma loja.
Aproveitei o sossego para gravar o Piloto do Podcast do Falando Naquilo com o Vitão. Foi uma noite inteira falando besteira e dando risada.
Eu e o Fábio malhamos daquele jeito e a galera se reuniu na sauna pra relaxar um pouquinho.
Falando em Fábio, acabou por apenas nós dois caindo na noite de Novo Hamburgo. Até tequila eu ganhei na balada. Foi uma noite engraçada demais.
Recebi uma notícia chata quando estava deixando a cidade.
Nota: Depois de mais de 20 anos, o meu primeiro All Star.
A viagem de Canoas para Poa foi bem cansativa, cerca de 15 minutos.
O pessoal conheceu o gigantão e algumas praças históricas, mas eu não tive tempo de fazer as visitas. Nós fomos lavar roupa em uma lavanderia pessoal. Passamos horas brincando nas máquinas industriais. Nunca pensei que pudesse ser divertido lavar e secar roupa. Não sei eles, mas eu me senti no episódio de "Todo mundo odeia o Chris" em que ele dorme e perde as roupa.
E não é que ao invés de sair pra curtir balada nós resolvemos ir para o shopping!
Primeiro dia das mães longe de casa, mas consegui falar com minha mãe e minha avó mesmo que rapidinho. Sei que agora já passou um tempo, mas mesmo assim quero parabenizar todas as mães e futuras mamães mais uma vez.
Fui tirado por um rapaz da igreja que estava distribuindo bombons para o dia das mães. Ele achou que eu estava zoando dizendo que já era pai e pediu pra eu esperar até o dia dos pais pra ganhar o meu presente. Magoou!
Outro fato interessante foi o clima de amizade e companheirismo que havia no Habib’s onde fomos comer. Tivemos medo que o pessoal da cozinha e as atendentes saíssem no braço. Engolimos a comida pra sair rapidamente dali. O ambiente estava literalmente tenso.
A montagem da rota foi engraçada. Fomos eu e o Fábio. Quase nos perdemos, mas encontramos o caminho por sorte.
A nossa primeira apresentação dentro de uma sala de aula.
E é claro, liguei para minha mãe e minha avó para parabenizá-las.
Perdi o meu tênis no sábado. Reviramos todo o quarto, malas, ônibus e nada de encontrá-lo. Na terça-feira, quando estávamos saindo do hotel os dois pés do tênis estavam bonitinhos ao lado do pé da minha cama. Deu medo!
Mal chegamos e o Stanley já se ferrou. Fomos almoçar no shopping e o garçon me xavecou descaradamente na frente de todo mundo. Nem preciso dizer que fui a piada do dia. Fiquei até com medo de voltar ao restaurante pra pegar a sobremesa.
A noite resolvi fugir do restaurante e eu e o Alexandre fomos de fast-food e voltamos correndo pro hotel.
Era dia de gravação do RotaractCast. Infelizmente a gravação acabou não rolando, mas as risadas sempre compensam.
Tivemos uma tarde de autógrafos depois da apresentação.
Depois te tantos trancos e barrancos nos despedimos do balcão da Reciclina, pois o deixamos na escola. Muitos dedos e canelas sentirão falta dele...
A capital das uvas e vinho fica ao lado de Garibaldi, a terra da Champanha. Acho que estávamos bem situados. Ainda mais porque estivemos na cidade justamente durante o evento FENAVINHO.
Fomos conhecer a feira de vinhos e nos acabamos com as degustações de vinhos, cachaças e frios. Confesso que nossa janta foi bem nutritiva depois da feira.
A Caren da Sovalan nos levou para um barzinho chamado Boteco Sport. O barzinho lota para assistir os jogos. O mais engraçado da noite pra mim foi ver o barzinho lotado para assistir o jogo do grêmio e logo depois esvaziar para quinze, vinte minutos depois estar lotado de torcedores do Colorado. Ou foi ao contrário. Enfim... O que importa é que apreciei o respeito.
Um torcedor do colorado estava falando mal do grêmio, passei por gremista e comecei a olhar pra ele com cara de poucos amigos. As amigas dele levaram a sério e fizeram o beberrão falador ir embora antes que apanhasse de alguém verdadeiramente zangado. Foi engraçado.
O que não pode faltar na terra da uva foi o bom e velho vinho.
A cidade estava lotada devido a um evento local e não conseguíamos encontrar hotel nenhum na cidade. Acabamos ficando na nossa única opção, que a princípio parecia um suplício e acabou se tornando uma das nossas melhores estadias.
O andar onde ficamos tinha apenas os nossos quartos e o de um português que mal ficava no hotel. Além da sacada havia uma sala enorme. Tínhamos que aproveitar.
Na noite do sábado comemos pizza com muitas jarras de vinho. Tocamos violão e atendemos o gosto de todos. Até as excentricidades do Marssô.
No domingo tivemos uma tarde de cinema. Os filmes foram para todos os gostos também. Mas absolutamente o filme que conquistou a todos foi "O Turista".
O frio falou muito alto, ainda mais quando apresentamos em cima de uma montanha. Um dos alunos disse que se esse é o maior teatro do mundo.
A tarde a chuva foi tão forte que acabou a energia do bairro e tivemos que encerrar mais cedo.
A cidade que mais me impressionou durante toda a viagem.
Quando fui pra casa no feriado pude ver pela TV as cidades que haviam sido devastadas pela chuva e esta era uma das cidades mais faladas. Esperávamos ver todos os rastros da destruição, mas o que encontramos foi uma das cidades mais bem estruturadas.
A prefeitura é toda padronizada, como se fosse um vilarejo e ainda há um relógio do céu no centro dela.
Conhecemos o prefeito da cidade e graças ao secretário da cultura, fizemos a rota germânica, conhecendo a Vividiana Pedras, um alambique e a Lagoa da Harmonia.
“O que eu faço agora?”, pensei ao chegar em casa. Agora estava sozinho, agora era apenas a minha casa.
Era hora de trabalhar o luto, de entender que eu acabara de te enterrar, você não iria voltar, não desta vez.
Olhei para o guarda-roupas ainda aberto, o teu lado vazio. Ao menos não precisaria empacotar as tuas roupas. E foi então que me veio a imagem da cama também vazia. A partir de agora seriam assim todas as noites. Não teria mais os teus pés pedindo para que eu os esquentasse durante a madrugada.
Eu estava de luto, precisava chorar. Lágrimas são tudo o que se espera de um viúvo, ou estou errado? Quiçá uma cena teatral desejando que você ficasse, que fosse eu no teu lugar.
A foto da viagem à Paris ainda está no porta-retratos. As tuas bochechas rosadas roxearam de tanto frio naquela fria tarde parisiense. As bochechas rosadas que me fizeram me apaixonar por você.
Precisava perguntar por que você tinha que partir, mas agora não adianta mais perguntar. O fato é que você se foi e mesmo que você voltasse, você deveria fazê-lo antes do luto passar. Antes de eu deixar de pensar em você desde a hora que abro os olhos até a hora de voltar a sonhar.
Enquanto empacoto tudo o que me faz lembrar você, vou praticado o desapego. Não estou deixando de te amar e sim reaprendendo a me amar sem você. Não imaginei que seria tão difícil, mas desde quando você se foi, esta foi a primeira vez que cheguei em casa decidido a te deixar partir sem me sentir culpado. Então vá.
Por mais que eu tenha tentado te matar tantas vezes, você ainda vive em mim. Mas quando o luto passar... Ah, quando ele passar...
Depois de uma rápida passagem em casa, voltamos para o Rio Grande do Sul. A cidade, Lajeado - uma parte da Alemanha no Brasil.
Até mesmo o sotaque deles era mais arrastado para o germânico.
A apresentação foi em uma escola com vários portadores de necessidades especiais. O trabalho de inclusão é muito grande. Uma professora narrou a peça toda em LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) e a equipe até ensaiou algumas palavras.
O que todos levarão pra sempre é a leitura universal do "Eu amo você", que é o que estamos fazendo na foto.
Ficamos por Lajeado até as apresentações de Teutônia acabarem.
Falando em Teutônia... Essa cidade entrou pra nossa história.
Se há dois meses alguém dissesse que hoje ele seria o cara que se tornou certamente a pessoa seria ridicularizada.
Naquela manhã ele acordou mais cedo – não costumava fazer isso com frequência – era uma manhã especial. Assoviando, preparou o café-da-manhã com o sorriso do garoto ao ver o mar pela primeira vez.
Café, leite, pão, manteiga, biscoitos, mel, duas fatias de melancia, laranjas e duas maças. Faltava apenas um vasinho com uma orquídea cor-de-rosa para a bandeja ficar perfeitamente como ele queria.
Carregou a bandeja até a cama e pode assisti-la se espreguiçar pela primeira vez em sua cama. Era a primeira noite que ela passava em sua casa.
- Bom dia, minha sereia.
Ela sorriu, tão realizada quanto ele. Achava graça quando ele a chamava de sereia. Dizia que sua voz era tão encantadora que se era impossível não compará-la àquela que encantava os pescadores e os levava para o mar, onde se alimentavam de suas almas. E agora ela se alimentava de seu coração.
Quando a conheceu ele sabia que ela era diferente, sabia que as coisas estavam começando a mudar, mas não sabia que ele deixaria de ser o homem que tanto se orgulhava.
Depois do primeiro beijo, um beijo rápido, roubado, mas com um enorme gosto de quero mais, ele só conseguia pensar nela. Sereia, sereia, sereia... Ah, como ela conseguira enfeitiça-lo tão rápido?
Era para ser apenas mais uma, mas depois dela as baladas não eram as mesmas, as bocas que ele beijava eram apenas outras bocas, os peitos que acariciava eram apenas seios. Não tinham o seu cheiro, a sua textura, não pareciam moldados para os seus dedos.
Foi por ela que ele abandonou as baladas, o futebol de quarta a noite e até parou de beber até não lembrar mais o seu nome, tudo sem arrependimento algum.
A primeira noite em que ela acordava em sua cama significava que a partir de agora nenhuma outra pessoa a ocuparia e que por ele todas as noites seriam como esta.
Sereia, sereia, sereia...
O café-da-manhã não era um presente, era a assinatura de um contrato de amor. Agora seus dias são completos, pelo menos os dias em que ele está ao seu lado.
Logo ao chegar fomos conhecer a prefeitura e fizemos uma pequena entrevista com o prefeito em seu gabinete. O prefeito fez questão de abrir a prefeitura para montarmos o cenário na manhã seguinte.
Fizemos um lanche um tanto quanto peculiar. Na verdade, meu prato foi o mais peculiar. Comi um X-Coração. Não consegui contar quantos corações de frango tinham no lanche. Seguia bem a linha X-Refeição. Comi com garfo e faca.
A apresentação foi no dia de Monteiro Lobato, então as crianças tiveram a presença da Emília e do Visconde de Sabugosa, além do Coelho da Páscoa. Eu fui premiado com a LCD sobre meu pé.
Descobrimos uma tradição muito interessante dos gaúchos: Na época da páscoa eles costumam pintar as cascas de ovos de galinha para presentear os entes queridos. Pintam de diversas cores e os recheiam com doces. Como esta tradição estava começando a morrer, nas escolas e vendas eles costumam barganhar as cascas com crianças.
De Encantado partimos para a nossa primeira volta ao lar. Uma maratona de muitas horas na estrada, que talvez não mereça comentários.
Passo fundo, a "cidade média", leva o título de capital da literatura. Devido a isso, há alguns monumentos literários na cidade.
Infelizmente estávamos sem câmera então não filmamos e nem fotografamos os lugares por onde andamos.
Almoçamos no shopping e nos deparamos com um museu egípcio. A Carla quase chorou pra entrar. Os olhinhos dela brilhavam a cada sala que entrávamos. Por ela ficaríamos mais umas 5 horas la dentro.
A balada onde fomos sabadão se chamava Moinho e realmente era um lugar incrível. A reforma feita no lugar foi muito boa. Foi difícil entrar sem documentos. Devo agradecer muito ao dono da casa que permitiu que o segurança me liberasse.
A gente queria ficar curtindo um putz putz - afinal, fazia tanto tempo que não curtíamos - mas a Carla preferiu ficar ouvindo a banda no outro ambiente. Ela passou mal e foi embora mais cedo, deixando eu, Fábio e Marssô sozinhos e abandonados.
A apresentação foi na quadra ao lado da escola e o porteiro queria de qualquer jeito nos levar a uma fábrica de cuias. Só não fomos por causa do horário. Precisávamos mesmo chegar no hotel... pra descansar.
O município de Tapejara foi criado em 9 de agosto de 1955 e hoje possui pouco mais de 19 mil habitantes.
Ouvimos as garotas Adriana e Pamela cantando.
A apresentação foi para duas escolas. A maioria deles filhos de índios.
Eu me encantei com uma garotinha ruiva com traços indígenas.
Uma aluna deficiente visual nos entregou uma carta de agradecimento escrita em braile. Lembrei na hora do livro "Com a ponta dos dedos e os olhos do coração"
"'Cause I can forget about myself
Trying to be everybody else
I feel alright that we can go away
And please my day
I know you'll stay with me because I've surrender"
(Marcelo Canelo - Janta)
Hoje faz um ano que você atravessou aquela porta e a última lembrança que tenho é uma mensagem "Que parte do 'Eu já superei você' você ainda não entendeu? Não me ligue mais".
Você costumava dizer que todas as histórias do mundo já foram contadas e que a nossa era apenas mais uma. Mas não era uma história qualquer. Era a nossa história.
E como ficam o braço e o abraço? E quem vai se encaixar perfeitamente a cabeça no meu peito e conversar comigo de madrugada até eu não conseguir mais conversar e começar a ter devaneios acordados. Ah, como você ria das besteiras que eu falava quando estava com sono. E como eu me sentia um ignorante quando estava perto de você.
Enquanto eu me deleitava com o último best-seller da seleção da revista você tentava discutir o último livro de algum filósofo francês que eu mal conseguia pronunciar o nome.
Mas hoje você pertence apenas a ele. E eu me pergunto se as lembranças serão pra sempre só lembranças. E eu me pergunto se você um dia será capaz de dizer olhando nos meus olhos que tudo ficou pra trás.
Queria poder te dar um beijo de bom dia com uma bandeja de café-da-manhã e flores no teu aniversário e pedir desculpa pelas mensagens que não respondi dizendo o quão importante você é. E queria mesmo dizer que sei pronunciar todas as letras e palavras que você tanto me pediu.
Uma pena você não estar aqui para escutá-las, pois estou pronto para dizê-las.
Com mais de 180 mil habitantes, Chapecó é considerada a capital brasileira da agroindústria e está entre as mais populosas cidades de Santa Catarina.
A Carla me levou pra fazer um tour pela cidade em busca do TRE. Nós andamos, hem.
A grande notícia recebida foi a chegada da minha carteira. Pena que ela chegou em casa, mas chegou. Depois de quinze dias.
Tivemos que sair cedo para a apresentação e nem café da manhã tomamos.
Apresentamos em outro Caic e pudemos conhecer a cooperativa de reciclagem e os alunos do projeto Verde Viva. Confesso que deu uma saudade das aulas de circo vendo a aula do professor Alejandro.
Chegamos em Santa Catarina e não podíamos ser tão bem apresentados.
A cidade é linda, as pessoas bem receptivas.
Tivemos a visita do Marcelo Gundt, o Fernando, de Marechal Cândido Rondon.
Tomamos chimarrão junto com três gerações de mulheres de uma família nota dez.
A conservação cultural do sul ainda me impressiona.
Ganhei uma nova companheira de quarto, uma certa loira aí.
Passamos pela rádio Onda Nova para que eles divulgassem a apresentação, mas não sabíamos que a imprensa já havia sido solicitada pela secretaria da educação.
Vídeo da TV Beltrão
Apresentamos em mais um Caic. A criançada estava animada e fomos contemplados com um dos mais lindos pôr-do-sol.
A cidade tem quase 17 mil habitantes e tem a cara de cidade do interior. Antes ela era parte de Cascavél e se chamava Aparecida d'Oeste. No seu início, apenas 30 famílias moravam na cidade, que cresceu com a revolução agrícola.
Fui ao correio algumas vezes, mas nada da minha carteira chegar, embora o simpático rapaz do hotel jurar que já havia postado.
Enquanto esperávamos o pessoal no banco fizemos um pequeno show no ônibus. As músicas foram cortadas porque mais se ouvia a voz da Carla do que a gente cantando. ela com certeza deve ter feito cara de cocô ao ler isso. Hehe
Novidade: A Carla fez luzes no cabelo e avisou Deus e o mundo que estava loira. Para provar, postou uma foto. O que ninguém sabe é que foram necessárias 47 tentativas até chegar em uma foto onde as mechas louras se destacassem.
