sexta-feira, 27 de março de 2009

"Quase morri..."

Foi ontem. Eu havia decidido não contar a ninguém, mas eu precisava. Sentei em frente o computador e comecei a digitar. Meus dedos tremiam, como meu corpo todo tremeu quando parei para respirar.
Eu estava indo para Bate-Pau, em cima da hora, como sempre. Dia comum, trânsito normal. Os caminhões habituais segurando o trânsito.
Estava ultrapassando um caminhão como os outros carros, mas o motorista teve um surto psicótico e resolveu gladiar comigo.
Quanto mais eu acelerava, mais ele acelerava. A faixa de ultrapassagem estava terminando e o meu espírito esportivo também.
Sem tirar os olhos da estrada, tenho certeza que minha pupilas se dilataram ao avistar o carro que vinha na minha direção. Fiat Uno, branco, perfeito estado, velocidade moderada. Ficava cada vez maior e o caminhão ainda ao meu lado.
Há alguns metros de distância joguei o carro pro acostamento contrário. Mais cinco carros passaram por mim, não conseguia reduzir, o caminhão continuava a me acompanhar e o acostamento estava acabando.
Não sei o que deu em mim, mas confiei no meu anjo da guarda e em seu irmão gêmeo. Atravessei as duas mãos, cortei a frente de um carro que nem por decreto consigo lembrar qual era, fechei o caminhão e retomei a pista.
Parei no acostamento e enquanto buscava ar, esperei meus braços pararem de tremer.
Apenas mais uma história pra contar.
Aviso? Claro que não. Se fosse, eu teria ido trabalhar de ônibus hoje e não teria batido o carro na rua de casa.

domingo, 22 de março de 2009

Promessas demais

Sim, ultimamente andei fazendo promessas, mesmo que inconscientemente. Prometi coisas das quais muitas delas evidentemente não conseguiria cumprir. Selei com olhares acordos que diziam o que não queria dizer.
Prometi fidelidade, quando jurei a mim mesmo que seria fiel à promiscuidade.
Aceitei rosas de pessoas que não mereciam nem ao menos espinhos.
Ofereci amor camuflado em amizade.
Dei companhia quando a quem desejava distância.
Ofertei colo quando quem mais precisava era eu.
Prometi esperar por quem nunca esperaria por mim, mesmo sabendo que estava me enganando.
Insisti em ser sincero e descobri que muitas vezes a verdade dói muito, mas as cicatrizes são bem menores que as feridas causadas por mentiras.
Sou humano, erro, sinto.
Sinto amor, carinho, afeto, afeição. Quero amigos, família (ainda sonho em ter uma), paz e uma casinha branca com varanda.
A minha principal promessa foi feita a mim mesmo: ser livre, ser feliz. E é por isso que a única pessoa que hoje pode me prender está deitada ao meu lado neste momento. Por algum tempo vou viver apenas por nós, para nós. Minha fila e eu. Essa é a única promessa que devo cumprir.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Olhando pro céu


Há tempos não me pegava olhando as estrelas e, depois daquela noite, isso vem ocorrendo com freqüencia.

A última vez que isso aconteceu foi numa chácara com amigos e novos conhecidos. E, por mais que não pareça, uma noite que mudou muito coisa na minha vida.

E não é que na noite passada vi mais uma estrela cadente. Não via nenhuma desde aquela noite onde vimos "deversas". Mas não importo se contei, pois meu desejo um dia há de se realizar.

Agora, voltando às estrelas... Elas me remetem odores antigos, gírias esquecidas, trazem à tona sentimentos adormecidos e renovam sonhos um dia deixados de lado.

Hoje posso afirmar que quando olho para o céu, dou-me uma chance de sonhar acordado e concretizar o que não consigo nem mesmo quando durmo. Posso estar em qualquer lugar, na companhia de qualquer pessoa e o tempo que bem entender.

Talvez por isso ando, por demais, olhando as estrelas.
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