quarta-feira, 13 de junho de 2018

Por que cativou?

Se era pra me deixar, por que deixou que me cativasse? Por que me deixou dividir todos os últimos dias contigo?
Você fez planos comigo e começamos a colocar em prática. Por que me deixou acreditar que teríamos um longo futuro se sabia que não aconteceria?
Não se cativa alguém se a intenção é ir embora.
Eu fico deitado na tua cama esperando você entrar pela porta dizendo: "Amor, tem uma Ninetails aqui na sala"; mas você não vem. Escuto você na cozinha perguntando "Posso colocar pimenta no macarrão?"; mas não vejo ninguém.
Você sabia que ia doer. Você sabia a dor que ia nos causar e não é justo, nunca vai ser.
Tua dor pode ter acabado, mas a nossa apenas começou.
Mesmo te vendo ali deitado no caixão, mesmo vendo ele sendo enterrado, ainda tem algo em mim dizendo que nada disso aconteceu e que daqui a pouco vamos estar deitados no sofá, cheio de gatos em cima de nós.
Eu te amo, sempre te amarei, vou te carregar tatuado em mim como sempre carreguei.
Não é difícil entender como me cativou, mas vai ser impossível entender por que me deixou sozinho.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

2017

Muitos dizem que 2016 foi o ano que deveria ser esquecido.
Se 2016 foi um ano para se esquecer, 2017 foi um ano a ser lembrado.
Infelizmente estive mais distante da minha família, dos meus amigos, de todos que amo. Porém, a distância tinha um grande propósito que fez valer a pena: meu crescimento.
Cresci como pessoa, cresci como profissional e continuo crescendo. Continuo explorando, reconhecendo e me conhecendo.
Excerci nova função no melhor mundo dos mundos, um desafio que ansiava há tempos, conheci novos ambientes de trabalho e também retornei à antingos.
Viajei, viajei muito. Viajei a passeio com a melhor companhia que poderia ter. Viajei a trabalho com os melhores professores que eu poderia ter. Tanto é que hoje já consigo caminhar sozinho.
Fui pra praia de naturismo, tribo indígena, nadei com boto, desci em tirolesa, fiz snorkeling, surfei, joguei capoeira, subi morros, desci em cavernas, fiz sobrevivência na selva, dormi na rede no meio do Rio Negro, nadei no Velho Chico, dormi de conchinha matando saudade de quase uma década, reencontrei amigos após quinze anos, encontrei pessoas como eu buscando pelas mesmas respostas, abracei quem acreditava que nunca mais abraçaria, matei saudades que nem sabia que existia, fiz o que queria e o que não queria, trabalhei com febre, dancei na chuva, descobri que não sei limpar piscina, chorei, ri, passei raiva, medo e desespero.
Dei um tempo pra Ritalina e deixei as coisas acontecerem sem medo de errar, correndo os riscos (des)necessários.  E sobrevivi sem danos.
Posso dizer que foi um ano corrido. Teve momentos em que tive vontade de me trancar no quarto e gritar? Sim. Mas foram tão poucos que hoje mal consigo me lembrar deles.
O que não consigo enumerar é a quantidade de sorrisos que presenciei e isso não tem preço.
2017 não poderia ter sido melhor.
Obrigado a todos que pelo menos por um segundo fizeram parte do meu ano. Seja em presença ou por uma simples mensagem em qualquer rede social.
E seja bem-vindo, 2018. Estou pronto para colher os bons frutos plantados em 2017.
Só vem!

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