domingo, 25 de outubro de 2009

Buscando o pote de ouro



"Sem pedir licença mudaa nossa vida e depois convida a rir ou chorar"
(Toquinho)


É engraçado a influência que tudo e ada causam em nossas vidas. Alguns fatos deixam bem claros o famoso Efeito Borboleta.
Eu não havia dormido direito, acordei com o pé esquerdo. Sai atrasado e mal deu tempo de tomar água no café-da-manhã. Poderia comer algo no intervalo, mesmo este intervalo tendo ocorrido por volta do meio dia.
Assim como a maioria dos mortais, esta hora eu já estava mais irritado que muhler de tpm. Nada me deixa mais vulnerável a irritabilidade que estar com fome. Principalmente quando vejo outras pessoas comendo e sei que vou demorar horas para fazer o mesmo.
A tarde tudo parecia piorar em progressão geométrica. Discussão no trabalho, o ônibus saindo a hora que estou chegando no ponto e, para ajudar São Pedro resolve limpar o céu justamente no dia em que meu guarda-chuva quebra.
"Céus, alguém lá em cima ficou de mal comigo e eu não sei por quê!"
E antes que eu pudesse xingar Deus ou encontrasse outro culpado, lá estava ele, Há tanto tempo não o via.
De repente eu já não me lembrava mais por que estava zangado e a minha única preocupação era se ainda mel embrava das sete oores do arco-íris. Parei no tempo e não me importei com o próximo ônibus, com a chuva que me molhava e enxarcava os meus pés dentro do tênis. Meu único questionamento era: há quanto tempo eu não o via?
Sim, fazia mais de um ano que não via um arco-íris. E foi ele que mudou meu dia e me fez escolher o caminho da felicidade momentânea. Como no conto em que você precisa escolher se toma o caminho da raiva e leva isso pra o teu dia todo ou se releva e aproveita os momentos felizes.
E então eu me dei conta do quanto eu havia perdido do meu dia enquanto eu podia ter aproveitado rindo disso tudo. Afinal, foi o que eu fiz, enquanto tomava chuva observando o meu presente do dia das crianças.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Doze

E agora tenho tatuado o número doze em meu corpo.
Torna-se impossível olhar no espelho e não recordar que há doze meses você me disse adeus.
Passei doze noites acordado pensando em como seria se você ainda estivesse aqui. Também foram doze os minutos que levamos para nos despedirmos.
E doze foram as mulheres que ocuparam a minha cama durante este período. Mas não me lembro de seus rostos, tampouco de seus nomes, já que quando elas desfrutavam de meu leito, quem gozava da noite comigo era você. Era o teu perfume que eu sentia, eram os teus olhos que eu fitava, o teu pescoço que eu mordiscava e era a tua respiração ofegante vervilhando em minha nuca. E como esquecer do teu beijo dominador que tantans vezes me deixou sem ar.
E doze segundos depois que a última dela partiu, me dei conta que pela décima segunda vez acabava a noite escrevendo para você, mesmo sabendo que você nunca leria.
Embora eu finja que não tem importância, você sabe que hoje tem uma parte tua tatuada em mim.
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