
Ela sabia o quão difícil seria ir até o fim, mas precisava colocar o seu plano em prática. Vestiu o vestido magenta que ganhara dele no seu último aniversário, sabia que o alegraria com a surpresa, já que ele pensava que ela não havia gostado do presente - o que não deixava de ser verdade.
Maquilou-se vagarosamente, como uma atriz em noite de estréia. Não deixou escapar nenhum detalhe: base, corretivo, pó , delineador, hímel, sombra, baton e blush. Estava perfeita. Nada extravagante e nem vulgar.
Quanto ao cabelo, não foi preciso muito cuidado, já que normalmente bastava pentear suas longas madeixas e ele já estava exuberante. Era a própria Pocahontas numa versão nacional.
Calçou o salto agulha que costumava usar apenas em casamentos e ocasiões inesquecíveis. Nenhum detalhe poderia passar em branco.
Algumas borrifadas de Channel 5 e quando a buzina tocou faltava apenas colocar os brincos de ouro branco.
Ela não esperou muito para abrir a porta depois que a campainha tocou, gostava de pontualidade e achava falta de educação fazê-lo esperar, embora desejasse fazer suspense.
- Nunca pensei que você pudesse ficar mais bonita! - elogiou ele, sinceramente espantado com a exuberância de sua beleza.
Entregou-lhe um lindo vaso de orquídeas, que ele sabia que arrancaria aquele sorriso que irradiava do rosto dela toda vez que via flores.
O sorriso foi o agradecimento. Em silêncio ela pegou o vaso, o deixou sobre a mesa e saiu de braços dados com ele, que cordialmente a conduziu até o carro e abriu a porta para ela. Esperou até ela se ajeitar para fechar a porta e assumir o volante.
O jantar foi num restaurante reservado, regado a bom vinho e pratos exóticos. Enquanto conversavam, ela ajeitou o cabelo da maneira que o provocara desde o primeiro encontro. Ao vê-la brincar com os dedos entre os fios negros como a noite,ele mordiscou o lábio inferior. Nessa hora ela teve certeza de que o resto da noite seguiria como o planejado.
A noite estendeu-se no melhor motel da região. Após se entrelaçarem como se fossem um mesmo corpo, ele a acolheu em seus braços, fazendo com que ela não tivesse vontade de se desvencilhar. E assim eles passaram o fim da noite. Ele brincando com os cabelos dela, enquanto susurrava canções românticas em seu ouvido.
Ela brincava com seus dedos, entrelaçados aos dedos dele.
Ao final da noite ele a acompanhou até a porta, seu olhar dizia que queria se convidar para entrar e passar o resto da noite ao lado dela, mas deixou a decisão para ela tomar.
Ela entendeu o seu olhar e respondeu com um sorriso tímido. Após agradecer a noite, ela se rendeu a um beijo longo, molhado, profundo e intenso. Conforme a lembrança dos meses que passaram juntos corriam por sua cabeça, ela o abraçava cada vez mais apertado, como se tivesse medo que ele desaparecesse como um sonho. Mas ao abrir os olhos ele continuava ali, era real.
Após um beijo em sua nuca, ela sussurrou em seu ouvido:
- Adeus meu amor.
E foi tudo que conseguiu sair de sua boca, antes que a porta se fechasse e a primeira lágrima começasse a cair. Ao fundo do ronco do carro que agora partia, chegavam a terceira, a quarta e uma maré de incontáveis lágrimas, que ela não fez questão de conter, enquanto assimilava que aquele havia sido o último beijo dos dois e que a partir do momento que cruzasse aquela porta novamente não mais veria o seu príncipe encantado.
Ela voltaria à realidade e a outro príncipe sapo.
Não existem princesas para existirem princípes. Se você for abrir a porta do carro para uma garota hoje, é capaz dela perguntar q q se ta fazendo e ainda dizer q não precisa pq ela n é fresca. uhahuahuahuahua.... Se você for afastar uma cadeira num restaurante pra uma menina sentar é capaz dela olhar pra sua cara sem entender e perg. d novo q q se ta fazendo, e se vc não avisar antes é capaz de vc afastar a cadeira e ela cai no chão(exemplo: vc afasta bem qdo ela vai senta, lógico q vc tem q ter um grau d espertisse extra pra consegui faze uma coisa dessa. uhahuahuahuahu)
ResponderExcluir